sábado, 4 de outubro de 2008

Resumo do livro

Quando Mauricio Benjamin deu ao foca Ivo Cotoxó a missão de escrever sobre a morte de uma cabocla(Raimunda) mordida de cobra na área da região amazônica, o repórter teve ímpetos de assassiná-lo. Escrever sobre a morte de uma personagem anônima só podia ser mais um dos planos do invejoso e macabro chefe. Como havia o perigo de perder o emprego se desobedecesse a essa ordem, Cotoxó foi.
Local da morte: Benjamin Constant, Estado do Amazonas, na divisa com a Colômbia e o Peru. Roteiro da viagem: de São Paulo a Manaus; de Manaus a Tabatinga; de Tabatinga a Benjamin Constant, de barco, navegando pelo Solimões.
Ninguém podia imaginar que a morte de uma modesta cabocla, viúva, anônima, semi-alfabetizada, que extraia látex no meio da floresta, levantasse tanta polêmica nos meios nacionais e internacionais.
Com seu trabalho minucioso e persistente, Cotoxó revelou uma trama que ameaçou até governos. Além disso, descobriu aspectos bem desagradáveis da realidade brasileira de hoje, mostrando que, se há centenas de anônimos lutando em favor das questões ecológicas, há também organizações de “fachada” manipuladas por perigosos bandidos, cujo fim é o enriquecimento ilícito.
Depois de muito trabalho e muito esforço e com a ajuda de alguns amigos encontrados durante a trama, o jovem repórter conseguiu desvendar os culpados. Com isso, obteve o respeito de muitos que não acreditavam no seu potencial. Depois de tudo isso, finalmente, Cotoxó foi altamente reconhecido.

Expediente


Grupo: Manuela Barreto, Mariana Oliveira, Rafaela Loeser, Raissa Guimarães e Viviane Barreto. Professor: Anderson Góis
Série: 1 ano "A"
No dia 03/10/2008 tivemos a nossa primeira reunião na casa de Manuela. Dividimos o que cada uma teria que pesquisar para depois juntarmos tudo e fazermos o blog. No dia seguinte, marcamos de todas estarem no computador a uma certa hora para enviar todas as pesquisas e uma integrante do grupo ir postando e fazendo os últimos ajustes. Nenhuma de nós sabia até então montar um blog, por isso no início houve uma pequena dificuldade, mas nada que não pudesse ser resolvido. No final da tarde do dia 04/10/2008 o trabalho já estava pronto para a divulgação.

Seringueiros






Depois da Segunda Guerra Mundial a produção Brasileira de borracha entrou em crise de novo. Apesar do preço baixo, a borracha permaneceu o principal produto de exportação do Acre. O que tinha mudado era a estrutura econômica. Depois que a maioria dos seringalistas tinham falido muitos dos trabalhadores ficaram na área do seringal e se tornaram seringueiros posseiros, inclusive podendo cultivar a terra (que antes era interdito para eles), vendendo a borracha para revendedores ambulantes chamados "Regatões" ou "Mareteiros". Estes Mareteiros enganaram muito o seringueiro e mesmo como os antigos seringalistas mantiveram ele numa dependência econômica. Regularmente o seringueiro anda nas trilhas que passam pelas seringas, em cujos troncos ele aplica cortes diagonais. Assim o látex vai saindo e escorrendo num pote amarrado na árvore e pode ser recolhido na próxima volta. Este látex liquido antigamente foi aplicado em varas, os quais eram giradas na fumaça em cima da fogueira. Com o calor o látex ficava solido e com a fumaça ficava resistente contra fungos. Assim se formavam fardos de borracha de mais ou menos meio metro de diâmetro. Esta técnica hoje em dia quase não se usa mais. Hoje existem outras formas de processamento do látex sem fumaça. A forma de subsistência como seringueiro é até hoje a mais comum entre os moradores da floresta. Os seringueiros de hoje, sendo a maioria índios ou mestiços, chamados "caboclos", não extraem só o Látex, mas também outros produtos da floresta, principalmente a Castanha do Brasil. Eles também exercem agricultura e caça para o próprio uso em pequena extensão. As casas dos seringueiros são simples, cobertas de palha. Muitas vezes onde eles moram não tem escolas nem assistência medica. O usufruto sustentável da floresta pluvial pelos seringueiros é uma forma de convivência harmoniosa e ecologicamente consistente de homem e floresta pluvial. A situação ecológica da floresta amazônica é inseparavelmente ligada á situação econômica e social dos seringueiros.






A Fala dos Seringueiros
Varadouro – caminho principal no meio do mato, uma espécie de rua na floresta, que liga uma colocação à outra. É uma picada estreita em que só passa uma pessoa de cada vez.
Colocação – posse geral do seringueiro, incluindo casa, roçado e estradas, cada colocação possui em média três estradas, mas pode chegar a 18.
Varação – atalho estreito entre dois varadouros.
Manga – um caminho sem saída, em geral usado para ir a uma seringueira fora da estrada. Pode levar também a uma colocação, que nesse caso passa a se chamar “vai quem quer”.
Estrada – caminho onde estão as seringueiras, que sai da casa do seringueiro e volta para o mesmo lugar. Cada estrada possui de 120 a 150 seringueiras.
Seringal – conjunto de várias colocações.
Rodagem – estrada onde passa carro.
Ramal – equivalente às estradas vicinais.
Empate – técnica para impedir o desmatamento. Os seringueiros se reúnem e vão para a área a ser desmatada. Se levam armas, deixam-nas escondidas para o caso de serem agredidos. No lugar indicado, fazem pressão sobre os peões e exigem a presença do gerente. Em geral, os seringueiros levam as famílias para os empates, que começaram por volta de 1975/76. Nunca houve um conflito durante os empates. O primeiro ocorreu em Cachoeira.
Cambito – galho torto usado pelo seringueiro para juntar o mato e cortá-lo.
Terçado – grande facão usado para abrir caminho, quebrar castanha ou matar animais.
Faca de seringa – usada para cortar a seringueira.
Madeira – seringueira.
Sarnambi – bola de borracha que, acesa, serve de tocha para andar no mato à noite.

Imprensa



“Deus não nos deu o dom da imparcialidade”. A frase é do jornalista Ancelmo Gois, colunista de O Globo e comentarista da TVE, em entrevista para o site Canal da Imprensa. Há quem acredite que a mídia não consegue ser imparcial e, no entanto, quem defenda a fiel reprodução dos fatos.
É já evidente que na tentativa de buscar a imparcialidade e a objetividade - princípios fundamentais da profissão – deve-se sempre procurar eliminar seus “preconceitos”. Após muitos anos de discussão, os jornalistas, conseguiram formular um código explícito e formal de ética que determina o compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos fatos, e que seu trabalho se paute pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.
O exercício da objetividade e imparcialidade, levado às circunstâncias da produção jornalística, é algumas vezes motivo de contraditórias opiniões. Os mais radicais defendem o pressuposto de que não existe imparcialidade na nossa profissão, e que o jornalista será sempre parcial, porque não consegue descrever os fatos sem colocar uma dose do que ele pensa, do que ele sente, torce e etc.
Essa visão vai além quando se trata da fonte. Para o jornalista Heródoto Barbeiro, apresentador de jornal na TV Cultura e na Rádio CBN, em entrevista para o Núcleo Piratininga de Comunicação, não se faz jornalismo sem se fazer vítimas, porque só é notícia aquilo que provoca uma certa reflexão, um certo eco social. “Quando você fala de alguém, para o bem ou para o mal, aquilo mexe com a vida da pessoa. Então é vítima no sentido de que tem um certo reflexo”, diz ele.
Alcançar a fidelidade dos leitores por meio exclusivo da neutralidade, para os mais descrentes, parece, de modo crescente, ineficaz. “Devem as notícias refletir a realidade como um espelho? Não, mas não porque não devam, é que não podem”, diz Gonzalo Peltzer no livro Periodismo con Pasión (Editorial Ábaco, Buenos Aires, 1996). Nesse contexto, acredita-se que a objetividade e a imparcialidade são cada vez mais insuficientes à sobrevivência de um jornal ou meio de comunicação.
Em outro extremo estão os mais idealizadores, que propõem um jornalismo sério e de compromisso com a verdade. Em geral, entre as características mais valorizadas da profissão está a de saber tratar os fatos de maneira imparcial, distanciando-se do acontecido. Com o intuito de melhor servir o público a que se destina o jornal, a mídia deve passar informações verídicas e não tendenciosas sobre os acontecimentos, a fim de que os leitores façam seu próprio julgamento.
De fato, o jornalista desempenha um importante papel na sociedade, e é de sua responsabilidade o conteúdo da mensagem publicada e sua repercussão. O jornalismo é ele próprio um construtor da realidade, assim, é indispensável que está realidade transferida para o papel seja a mais objetiva e convicta possível.

Chico Mendes


Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como "Chico Mendes" foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Sua intensa luta pela preservação da Amazônia o tornou conhecido internacionalmente e foi a causa de seu assassinato.

Ainda criança começou seu aprendizado do ofício de seringueiro, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 20 anos de idade, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades.

Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.

Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.

Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.
Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta,além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.
Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes é acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.
Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.
Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa por sua intensa luta pela preservaçao da amazônia. Casado com Ilzamar Mendes, deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente.
A justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves da Silva, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão, em dezembro de 1990. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do Incra, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e oito meses de prisão.

Poluição


A maior parte da poluição do ar é produzida como resultado da queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Quando o combustível é queimado, não libera apenas energia, mas muitos produtos químicos, incluindo enxofre e nitrogênio contidos no material orgânico. Essas substâncias são dois dos mais importantes ingredientes na chuva ácida.
Uma parte da poluição rapidamente se precipita ao solo, antes de ser absorvida pela umidade do ar. Deposita-se nas árvores, edifícios e lagos, geralmente na área onde foi produzida. É a chamada precipitação seca. Estes depósitos se formam e mais tarde se combinam com a água da chuva, transformando-se em ácidos.
O resto da poluição pode permanecer no ar por mais de uma semana e é transportada pelo vento a longas distâncias. Durante esse período, as substâncias químicas reagem com o vapor d’água na atmosfera, transformando-se nos ácidos sulfúrico e nítrico diluídos. Esses ácidos também reagem com outras substâncias químicas na atmosfera formando poluentes secundários. Destes, o ozônio é um dos mais perigosos, pois prejudica a vegetação.
Quando a precipitação ácida ocorre sob a forma de neve, os problemas para o meio ambiente são retardados, mas podem ser muito piores posteriormente. Durante o inverno, a neve se acumula no solo, retendo seus ácidos. Na primavera, quando a neve derrete, há um súbito fluxo de água que corre pelo chão até os rios e lagos. Eventualmente, ácidos que ficaram retidos por seis meses são liberados em poucas semanas. Estas correntezas ácidas, como são chamadas, são particularmente prejudiciais para plantas e animais.